Como vai a saúde mental da sua equipe? Esta pergunta parece simples, mas com uma pequena reflexão nos lembraremos que há pouco mais de um ano estamos vivendo uma das maiores crises sanitárias da história da humanidade.
O turbilhão de tensão e problemas causados pela pandemia do novo coronavírus vem deixando um rastro de sequelas graves. Além das muitas mortes (mais de 240 mil só no Brasil, até fevereiro de 2021), há ainda ondas de contágio e uma série de outros problemas que afetam a todos, como o distanciamento social e a crise econômica.
O único alento é a vacinação da população. Porém, por mais que as vacinas tenham sido desenvolvidas em tempo recorde, ainda existem dificuldades para que a imunização da população avance em um ritmo adequado, especialmente no Brasil.
Diante de tudo isso, os profissionais de saúde, de todas as áreas, sofreram um forte impacto em sua rotina de trabalho, que ficou muito mais intensa e desgastante.
Estresse. Longos períodos de trabalho. Alta demanda. Como se não bastasse o vírus e a doença de difícil tratamento, esse contexto causado pelo pandemia tem deixado os profissionais de saúde doentes.
A situação é um alerta para os gestores de entidades hospitalares, pois diante de ciclos de muito trabalho, os profissionais que atuam na linha de frente, como enfermeiros e médicos, por exemplo, estão sob maior pressão, o que pode acarretar em erros ou contribuir com o desenvolvimento de uma série de problemas emocionais mais graves, como a Síndrome de Burnout.
Insônia
Dificuldades para pegar no sono ou dormir por longos períodos, a insônia é um problema comum em pessoas que enfrentam rotinas estressantes. Preocupações extremas relacionadas ao trabalho, finanças ou outras questões pessoais ou outras que ajudam a manter a mente ativa no período noturno também podem causar insônia. Os maus hábitos, como horários irregulares para dormir, o uso de aparelhos eletrônicos antes de dormir ou a realização de atividades estimulantes também são citadas por especialistas como causadores deste problema.
Depressão
Definida como uma doença psiquiátrica crônica e recorrente, que provoca tristeza profunda e forte sentimento de desesperança, a depressão pode acometer profissionais que são submetidos constantemente a picos de estresse. Esta doença atinge mais de 350 milhões de pessoas no mundo e tem como alguns dos principais sintomas a alteração de peso (ganho ou perda), distúrbios de sono, problemas psicomotores, fadiga ou perda de energia constante, sentimento permanente de culpa ou inutilidade, dificuldade de concentração, baixa autoestima, pensamento recorrente em suicídio ou morte e alteração da libido.
Ansiedade
A ansiedade é o termo geral usado para definir diversos distúrbios que causam nervosismo, medo, apreensão e preocupação. Os transtornos de ansiedade são as perturbações causadas por estes sentimentos em excesso. Ataques de pânico, enxergar perigo em tudo, apetite desregulado, alterações de sono, tensão muscular, preocupações em excesso e inquietação constante estão entre alguns dos sintomas mais comuns.
Burnout
A síndrome de Burnout é definida como um distúrbio psíquico. Entre suas principais características estão o estado de tensão emocional e estresse provocados por condições de trabalho desgastantes. Além do esgotamento mental, esta síndrome causa a sensação de incapacidade e pode acarretar em problemas de sono ou depressão.
Dicas para melhorar a saúde mental
Após listar alguns dos problemas mais recorrentes em profissionais de saúde, apresentamos abaixo algumas dicas para a manutenção de uma boa saúde mental. Se você já coloca em prática alguns desses itens, intensifique ou acrescente outros. No mais, a sugestão é tomar os devidos cuidados para evitar o contágio pelo novo coronavírus e não desistir de buscar uma qualidade de vida melhor.
Alimentação
Um cardápio variado, saudável e equilibrado é a melhor opção. Fritura e gordura em excesso contribuem para o desenvolvimento de uma série de problemas de saúde.
Prática de atividade física
A prática regular de atividade física está intimamente ligada a boa saúde física e mental. Caminhar, correr, nadar, jogar futebol ou andar de bicicleta, por exemplo, são sugestões bastante agradáveis para realizar individualmente ou em grupos. É importante lembrar que um médico deve ser consultado antes de iniciar atividades físicas.
Sono adequado
A rotina do sono é fundamental para uma boa saúde. Os órgãos de saúde recomendam períodos de 7h a 9h por noite como ideais.
Tempo com familiares e amigos
As relações com pessoas próximas e queridas exercem importante influência na boa saúde mental e emocional. Dedicar um tempo ao cônjuge, filhos, pais ou amigos é essencial diante de uma rotina cheia de obrigações.
Lazer
Atividades com o objetivo de relaxar, divertir ou entreter ajudam a diminuir o estresse e melhoram o ânimo. Ler, ouvir música, assistir televisão, sair para jantar, ir ao cinema ou teatro, entre outros podem ajudar a aliviar a tensão do dia a dia.
Contato com a natureza
Visitar parques ou ter contato com animais acalmam os ânimos.
Hobbies
Colecionar artigos diversos, como discos, CDs, livros, roupas, brinquedos e afins, ou praticar atividades relacionadas à arte, como pintura, desenho ou tocar algum instrumento musical, além de prazeroso, promove o desenvolvimento mental.
Autoconhecimento
Fazer análise com um profissional capacitado pode ajudar a minimizar situações profissionais e pessoais desgastantes.
Mais dicas para uma boa saúde mental podem ser conhecidas aqui.