O Processo de Acreditação em Saúde é um procedimento de verificação externa, realizado por um terceiro independente, dos recursos institucionais e dos processos adotados pelas instituições. Mensura a qualidade da assistência através de um conjunto de protocolos e procedimentos de segurança previamente estabelecidos. Por ser de caráter voluntário, apenas as instituições maduras realmente interessadas na melhoria da qualidade dos seus serviços e na segurança do paciente se habilitam para tal auditoria.
A implantação do Programa de Acreditação, apresenta resultados significativos através de padrões sólidos, agregando valor à cadeia de prestação de serviço e fortalecendo a relação de confiança e transparência com pacientes, comunidade e colaboradores.
Durante a pandemia, os processos de gestão foram postos à prova, mostrando mais um benefício de se ter a instituição de saúde acreditada. Ao manter-se atualizada e mais preparada para garantir segurança e assistência de qualidade, os hospitais que possuem acreditação foram menos impactados em relação aos hospitais que não tinham ou estavam em processo.
De acordo com o estudo, os hospitais acreditados pelo IQG se saíram melhor durante o surto de Covid-19 em relação aos hospitais que ainda estão em processo de avaliação, como afirma Dr. Rubens Covello CEO do IQG – Health Services Accreditation. “Realizamos um estudo com 199 instituições de saúde em todo o país, acreditadas ou em processo de acreditação com o IQG. Esse estudo indica claramente a relação do modelo de gestão na resiliência à crise. Foi comprovada que instituições acreditadas tiveram menos impacto em relação aquelas que ainda estão em processo. Esse estudo analisou seis dimensões de que avalia o risco institucional: (1) objetivos do negócio ou planejamento estratégico, (2) finanças, (3) recursos humanos, (4) segurança, (5) comunicação e (6) serviços. Nas instituições com o sistema de gestão da qualidade já acreditado, foi possível perceber que em todas as dimensões o impacto foi menor do que nas instituições que ainda estão em processo de acreditação”.
A pesquisa foi realizada entre os meses de maio a junho, avaliando hospitais de todo o país, sendo 37 públicos e 162 privados. O estudo indica a relação entre o modelo de gestão e a resiliência à crise.
As instituições foram avaliadas em uma escala de 1 a 5, sendo 1 para menos impactada e 5 para a mais impactada, ou seja, quando houve danos catastróficos. Esta pontuação foi realizada através de análise de dados fornecidos pelos próprios hospitais – com cerca de 1.280 entrevistas feitas por telefone e videoconferências.
Todas as instituições sofreram com a pandemia. A média de impacto nesses hospitais foi de 2,63, onde os setores de segurança (2,95) e recursos humanos (2,89) foram os mais impactados, apontando danos significativos à saúde psicológica, social e física de pacientes e colaboradores.
Mudanças na avaliação dos institutos acreditadores
Durante a pandemia, o procedimento para obter os certificados de acreditação não tiveram mudanças em seus processos, mas sim em seu formato, como explica Dr Rubens. “A metodologia e os padrões de avaliação permanecem os mesmos, mas certamente os impactados da pandemia devem promover uma ampla revisão desses padrões de avaliação. O que precisou ser ajustado foi seu formato. Com a decretação do isolamento social, nós ficamos impedidos de circular pelo país visitando as instituições para realizar o processo de manutenção e recertificação. Aqui no IQG desenvolvemos uma metodologia própria e passamos a realizar essas visitas de forma digital, garantindo, assim, que os sistemas de gestão da qualidade e segurança de pacientes permanecessem operando em harmonia e pleno funcionamento”.
Outros institutos acreditadores que aderiram a este formato foram a Organização Nacional de Acreditação (ONA) e a Joint Commission International (JCI).