A Inteligência Artificial não está presente somente em setores da indústria, mas na rotina de milhões de pessoas em todo o mundo. Um bom exemplo são os aplicativos e jogos eletrônicos, que em muitas vezes simulam reações humanas ou que interagem com os humanos conforme uma série de padrões criados com base em dados e interações anteriores.
Em uma definição simples, Inteligência Artificial pode ser considerada como a capacidade de soluções tecnológicas realizarem atividades de um modo inteligente. Ou algo artificial que simule a inteligência humana.
O desenvolvimento da Inteligência Artificial
Os conceitos mais antigos de Inteligência Artificial datam de meados da década de 1920. A sequência de seu desenvolvimento nos faz avançar até 1943, quando Warren McCulloch e Walter Pitts, cientistas norte-americanos, publicaram um artigo que descrevia as redes neurais como estruturas de raciocínio artificiais cujas bases eram modelos matemáticos que simulavam o sistema nervoso humano.
Anos depois, na década de 1950 é que a Inteligência Artificial começou a ser testada e aprimorada em maior escala. Exatamente em 1950, Claude Shannon, matemático norte-americano tido como o pai da Teoria da Informação, mostrou ao mundo como programar uma máquina para conseguir jogar xadrez usando cálculos de posição simples. Neste mesmo ano, Alan Turing, cientista e matemático inglês, criou o teste de Turing, que avaliava se um equipamento conseguia se passar por um ser humano durante uma interação por escrito.
Um ano depois, em 1951, Marvin Minsky, cientista norte-americano, desenvolveu uma calculadora de operações matemáticas imitando sinapses, o neuro computador SNARC. Já em 1952, Arthur Samuel, cientista norte-americano, desenvolveu um jogo de damas, que se otimizava por conta própria, no primeiro computador científico comercial da IBM, o IBM 701. Por volta de 1956, em uma conferência sediada na universidade Dartmouth College (EUA), foram desvendados alguns tópicos que passaram a nortear as pesquisas envolvendo a Inteligência Artificial. Em 1957, Frank Rosenblatt, psicólogo norte-americano, apresentou o perceptron, um algoritmo que funcionava como uma espécie de rede neural artificial de uma camada, que classificava resultados de forma linear. Vale citar ainda Nathan Rochester e John McCarthy, cientistas norte-americanos ligados à computação, como outros nomes importantes no desenvolvimento da Inteligência Artificial.
A Inteligência Artificial na Saúde
Na área da Saúde, a Inteligência Artificial pode oferecer uma série de benefícios. Especificamente no campo da medicina, este aliado tecnológico pode ajudar na prevenção e detecção de doenças em estágio inicial e na identificação dos melhores tratamentos.
Conheça alguns benefícios que a Inteligência Artificial pode proporcionar na área médica:
Diagnósticos mais precisos
Os diagnósticos mais precisos contribuem com a diminuição da necessidade de cirurgias invasivas e arriscadas. Além de imagens de melhor qualidade, atualmente existem algoritmos que possibilitam que os profissionais da saúde processem grandes quantidades de dados de imagem e cruzem dados de maneira mais rápida e eficaz, o que torna a identificação de problemas médicos de forma muito mais assertiva. Ou seja, as equipes médicas passaram a contar com novas perspectivas de avaliação de quadros clínicos por conta do avanço tecnológico e os pacientes com mais qualidade de vida. Nesse sentido, a Radiologia, Patologia e Dermatologia estão entre as áreas mais beneficiadas.
Otimização de tarefas e armazenamento de dados
Dados em nuvem garantem facilidade no acesso, já que permitem acesso de qualquer lugar, inclusive via smartphone. Dessa forma, toda a equipe médica ganha agilidade e os processos mais burocráticos são otimizados. Em resumo: redução de custos para clínicas e hospitais e melhor produtividade para médicos, enfermeiros e técnicos.
Prontuários eletrônicos
Sua utilização vai bem além de somente coletar e armazenar informações sobre os pacientes. Eles podem também ser úteis na automatização da manutenção e atualização dos registros já existentes, alimentando o banco de dados e fornecendo novas informações diretamente nos prontuários de cada paciente.
Notificações em tempo real
Através de sistemas computadorizados, a equipe médica pode receber lembretes e alertas sobre os pacientes.
Sequenciamento de genes
Podem auxiliar os oncologistas especialmente no diagnóstico e tratamento de câncer.
Pesquisa médica
Pesquisar publicações científicas, estudos relevantes, sintomas, doenças, cruzar dados e identificar tendências na indústria, buscar novidades em relação a medicamentos e selecionar pacientes para estudos, entre outras aplicações, os sistemas com base em Inteligência Artificial são extremamente úteis.
Cases de sucesso
Em São Paulo (SP), a Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI) passou a utilizar uma ferramenta que identifica lesões por meio de Inteligência Artificial nos exames de tomografia de crânio realizados pelo Hospital do Mandaqui. A ferramenta identifica lesões e sinaliza qual paciente deve ter atendimento prioritário.
O Hospital Nossa Senhora das Graças, de Curitiba (PR), foi o primeiro no Brasil a adotar o robô Laura, um gerenciador de riscos que tem como base a tecnologia cognitiva para prevenir mortes por sepse.